Lampião: bandido ou herói? A contenda ainda divide opiniões entre os
estudiosos - mesmo aqueles que asseguram imparcialidade - entre os sertanejos
então, que tiveram parentes engrossando a cabroeira de Lampião ou servindo as
volantes. Mas Lampião, independente do maniqueísmo que envolve sua atuação, desenvolveu
dotes artísticos desde a juventude. Era um hábil artista do couro. Fazia composições
poéticas de rara melodia, “acorda Maria Bonita” e “Olê, mulher rendeira” são obras
de sua autoria, segundo Frederico Bezerra Maciel. Exímio dançarino do xaxado,
Lampião pisou a dança pelos sertões como um rito das conquistas. Ele teria
imprimido no cangaço uma aura artística que bem poderia redefini-lo enquanto um
movimento cultural. Será?
Para tratar do cangaço como fonte inspiradora de arte no passado e no
presente é que a Associação Sertão nas Artes apresenta o ciclo de palestras As Linguagens Artísticas do Cangaço,
envolvendo acadêmicos, artistas, pesquisadores, professores e estudantes. O
primeiro módulo acontece no sábado, 9/8, na Câmara Municipal de Nossa Senhora
da Gloria, 14:00 horas. Confira a programação.
PROGRAMAÇÃO
LOCAL: Câmara Municipal de Nossa Senhora da Gloria
HORÁRIO: 14 horas
O CANGAÇO E SUA IMPORTÂNCIA
HISTÓRICA
Thiago Fragata – Historiador e poeta, diretor do Museu Histórico de
Sergipe (MHS/Secult)
O CANGAÇO NA LITERATURA
BRASILEIRA
Ramon Diego - Escritor e poeta, membro da Associação Sertão na Arte
MÚSICA E DANÇA NO CANGAÇO
Jéssica Souza – professora e historiadora, membro da Associação Sertão
na Arte
OBS: Todos os participantes receberão certificados.
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