Por Thiago Fragata
Na Santa Casa a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição inaugurou asilo, orfanato e escola, nas primeiras décadas do século XX. A informação surge numa conversa amistosa com os moradores da ex-capital de Sergipe. Mas antes disso, o que teria funcionado em suas dependências? Pode a memória reconstituir e dar sentido a imponente, secular e fria arquitetura da Santa Casa? Enquanto o silêncio instiga a pesquisa, a curiosidade articula novas indagações...
Indagações ao patrimônio arquitetônico não diferem das indagações que Jacques Le Goff aconselhou fazer aos documentos ou fontes, suas respostas não serão decifradas se o pesquisador nada sabe dos mistérios da heurística.[1] Oracular, portanto, são as pesquisas que no esforço de compulsar e interpretar informações de fontes diversas conferem sentido ao objeto estudado. A memória de uma instituição pública ou privada, jurídica ou financeira, se acha na documentação gerada. No caso da Santa Casa de Misericórdia outrora gerenciada por uma irmandade religiosa homônima na afamada quarta cidade mais antiga do Brasil, seus livros facultaram a execução da monografia “Servindo a alma e ao corpo: a Santa Casa de Misericórdia de São Cristóvão: séculos XVII, XVIII e XIX”, em 2000, ora sintetizada reconstitui sua trajetória, peculiaridades e dramas.
Leia síntese da monografia:
[1] LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996, p. 101.
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