Por Thiago Fragata*
No dia do meio ambiente, 5/6, fiz uma reflexão comemorativa depois de assistir ao pronunciamento da Ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, sobre a questão do lixo. Lembrei da tragédia do Japão, de 11/3, do vazamento das usinas nucleares de Fukushima e toda comoção mundial. Na repercussão do evento apocalíptico é que a Alemanha decretou que num prazo de 10 anos irá extinguir seu programa de energia atômica. A reboque dessa tomada de consciência, por sua vez, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, semana passada, pela primeira vez, admitiu que Governo reavaliará a implantação de quatros usinas nucleares em solo brasileiro. A expectativa em todo o mundo é que haja um incentivo aos programas de energia limpa, a exemplo da eólica ou solar.
Não faz muito tempo, a esperança de ter uma usina nuclear no nordeste gerou grande celeuma. Em Sergipe, recordo que um deputado estadual pregou solitariamente contra tudo e contra todos, inclusive os doutores da UFS, a inconseqüência do projeto rentável e seguro, infalível. Isolado, ciente de que meio ambiente e ecologia eram bandeiras difíceis de atrair eleitores e agradar o Governo que dava sustentação não negou os seus princípios éticos e, sobretudo, sua consciência ambiental. Na última eleição, outubro de 2010, o tal deputado não conseguiu a reeleição. Este ano, retornou a Escola Estadual Rita de Cássia, no Bairro América, e sua função de professor, de cabeça erguida afinal honrou o mandato.
Depois da ligeira reflexão, gritei: o Professor Wanderlê tinha razão! Mas quem irá lembrar? Preciso então escrever pois se “as palavras voam a escrita fica”. E, a usina nuclear de Sergipe, defendida entusiasticamente pelo ex-Deputado Federal Albano Franco, hoje é assunto superado (ou silenciado!).
*Poeta, historiador e agente cultural de São Cristóvão.
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