Contexto favorável a Mudança da Capital I

Moenda Portátil. Obra de Debret, séc. XIX

A base da economia de Sergipe do século XIX era a cana. Cana do açúcar, da rapadura, da cachaça. Duas zonas canavieiras se destacavam no período: região do Cotinguiba (afluente da Bacia do Rio Sergipe) e região do Vaza-Barris. A primeira correspondia a Laranjeiras, Maruim, Japaratuba, Barra dos Coqueiros e Aracaju; a segunda correspondia a Itaporanga, São Cristóvão, etc.

Ao assumir o governo da Província de Sergipe em 1853, Inácio Joaquim Barbosa, buscaria apaziguar os ânimos entre o Partido Conservador e o Partido Liberal, conforme orientava a política imperial estabelecida pelo Marquês do Paraná, Secretário do imperador D. Pedro II.

Membro dos conservadores, grupo que acalentava vontade de mudar a capital de São Cristóvão, Inácio não tardaria a empunhar essa bandeira. A emancipação a Vila de Itaporanga, zona de engenhos e reduto de liberais, em 1853, favoreceu o enfraquecimento do Partido Liberal, bastante debilitado com as perseguições ao seu líder Sebastião Gaspar de Almeida Boto, e sobretudo, enfraqueceu a economia da capital São Cristóvão.

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